A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) segundo dados do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direcção Geral da Saúde afecta cerca de 800 mil pessoas, das quais só 100 mil estarão devidamente diagnosticadas. São várias as instituições científicas e IPSS que intervêm para melhorar as condições de todos aqueles que estão afectados por doenças respiratórias crónicas. É o caso da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras doenças respiratórias crónicas, que procura ampliar o conhecimento do tema, promover acções de formação para uma melhor orientação no combate a estas doenças, uma verdadeira associação de doentes que luta inclusivamente pelos direitos sociais específicos de pessoas com doenças respiratórias crónicas moderadas e graves.

A Respira acaba de lançar um dicionário para doentes com DPOC, destina-se a pessoas que vivem com DPOC e aos respectivos médicos. O objectivo da publicação é claramente descrito:

“A sua vida vai provavelmente mudar depois do diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crónica. A boa notícia é que existe bastante apoio disponível para ajudar a tratar a sua doença e manter uma boa qualidade de vida. Uma parte importante de viver com DPOC é ser capaz de falar honesta e abertamente com o seu médico assistente. Encontrar as palavras certas para descrever os seus sintomas nem sempre é fácil, especialmente quando o tempo do médico é mais limitado”. Este guia está profusamente ilustrado e fala-nos das matérias elementares, aquelas que são incontornáveis na conversa entre o doente e o seu médico: os sintomas agudos, os sintomas crónicos, a falta de ar, que dá também pela palavra dispneia enquanto o doente se pode exprimir dizendo “ofegante”, “tenho dificuldade em respirar”, “não consigo ter ar suficiente nos pulmões”, “tenho dores nos ombros do esforço para respirar”; há depois a tosse seca e a tosse produtiva ou húmida, lembra-se que a tosse é uma reacção natural das vias respiratórias para tentar remover muco ou proteger as vias respiratórias de agentes irritantes que possam ter sido inalados; há a tosse com expetoração, temos os sibilos ou pieira, o aperto torácico que significa que o doente não consegue movimentar o ar para dentro e para fora dos pulmões e nesse caso usa expressões como “sinto como se tivesse grandes tiras de couro cada vez mais apertadas no peito” ou “as costelas estão doridas”.

Um elevado número destes doentes acusa falta de energia, ansiedade, tem episódios de pânico, aumento de frequência cardíaca ou depressão. Todos estes temas aparecem abordados neste livrinho original e bem ilustrado.

 

Mário Beja Santos

Fevereiro de 2018

 

 

Para ter acesso a este guia contacte a Respira:

Rua Infante D. Pedro, nº10B,

1700-243 Lisboa

telefone 964962708

email: geral@respira.com

Conheça mais aqui